quinta-feira, 5 de julho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
Pode ser que a minha verdade seja para ti mentira.
"Abro o jogo! Só não conto os fatos de minha vida: sou secreta por natureza. Há verdades que nem a Deus eu contei. E nem a mim mesma. Sou um segredo fechado a sete chaves. Por favor me poupem."
Uma mulher entra no cinema, sozinha. Acomoda-se na última fila. Desliga o celular e espera o início do filme. Enquanto isso, outra mulher entra na mesma sala e se acomoda na quinta fila, sozinha também. O filme começa.
Charada: qual das duas está mais sozinha?
Só uma delas está realmente sozinha: a que não tem um amor, a que não está com a vida preenchida de afetos. Já a outra foi ao cinema sozinha, mas não está só, mesmo numa situação idêntica a da outra mulher. Ela tem uma família, ela tem alguém, ela tem um álibi.
Muitas mulheres já viveram isso - e homens também. Você viaja sozinha, almoça sozinha em restaurantes, mas não se sente só porque é apenas uma contingência do momento - há alguém a sua espera em casa. Esta retaguarda alivia a sensação de solidão. Você está sozinha, não é sozinha.
Então de repente você perde seu amor e sua sensação de solidão muda completamente. Você pode continuar fazendo tudo o que fazia antes - sozinha - mas agora a solidão pesará como nunca pesou. Agora ela não é mais uma opção, é um fardo.
Isso não é nenhuma raridade, acontece às pencas. Nossa percepção de solidão infelizmente ainda depende do nosso status social. Se você tem alguém, você encara a vida sem preconceitos, você expõe-se sem se preocupar com o que pensam os outros, você lida com sua solidão com maturidade e bom humor. No entanto, se você carrega o estigma de solitária, sua solidão triplicará de tamanho, ela não será algo fácil de levar, como uma bolsa. Ela será uma cruz de chumbo. É como se todos pudessem enxergar as ausências que você carrega, como se todos apontassem em sua direção: ela está sozinha no cinema por falta de companhia! Por que ninguém aponta para a outra, que está igualmente sozinha?
Porque ninguém está, de fato, apontando para nenhuma das duas. Quem aponta somos nós mesmos, para nosso próprio umbigo. Somos nós que nos cobramos, somos nós que nos julgamos. Ninguém está sozinho quando curte a própria companhia, porém somos reféns das convenções, e quando estamos sós, nossa solidão parece piscar uma luz vermelha chamando a atenção de todos. Relaxe. A solidão é invisível. Só é percebida por dentro.
Ninguém me conhece mesmo...
"Gostas de mim porque me vês todos os dias. Não gostas de mim pelo que sou, gostas pelo que faço ou não faço. Não sabes quem sou."
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Porque Tati, porque você insiste em me viver?
por que raios toda vez que eu to me achando muuuuito foda, muuuito feliz
e muuuito amando algo, algum merda vem e me lembra que eu não sou porra
nenhuma? Heim, Deus? Deeee-us, to falando com vocêêê!
"Não quero mais ser feliz. Nem triste. Nem nada. Eu quis muito
mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela. Eu simplesmente me
recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a
vida ser como é. Desde que eu continue
dormindo."
"Você sempre me disse que sua maior mágoa era eu
nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo.
Qualquer coisa.
Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma
frase num papelzinho amassado.
Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também, depois, eu dormir meio chorando porque é impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo.
Outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado e dancei com ele no baile de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, eu por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado.
Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de calça colorida daquelas “bailarina”. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha da classe. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto mas senti uma coisa linda por dentro do peito.
Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da classe e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia desmaiar. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. Você saiu cantando pneu e ficou quase dois anos sem falar comigo.
Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro cd do Vinícius de Morais. Ou quando me deu aquele com historinhas de crianças para eu dormir feliz. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal da Amazônia com um tigre enrabando uma onça.
Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando no canto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”.
Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesmo. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo.
Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso.
Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim.
Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Minha personalidade é você. Quando eu berro Strokes no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você.
Até hoje. Até essa manhã. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida cheia de coisas que não são ela. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você deixou eu te olhar, mesmo você não gostando de mim.
E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu."
Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também, depois, eu dormir meio chorando porque é impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo.
Outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado e dancei com ele no baile de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, eu por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado.
Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de calça colorida daquelas “bailarina”. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha da classe. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto mas senti uma coisa linda por dentro do peito.
Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da classe e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia desmaiar. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. Você saiu cantando pneu e ficou quase dois anos sem falar comigo.
Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro cd do Vinícius de Morais. Ou quando me deu aquele com historinhas de crianças para eu dormir feliz. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal da Amazônia com um tigre enrabando uma onça.
Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando no canto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”.
Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesmo. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo.
Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso.
Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim.
Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Minha personalidade é você. Quando eu berro Strokes no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você.
Até hoje. Até essa manhã. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida cheia de coisas que não são ela. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você deixou eu te olhar, mesmo você não gostando de mim.
E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu."
"Só ele conheceu uma mulher corajosa que admitiu todos os medos,
todas as neuroses,
todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas,
peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e
risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube
do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de
tanto amar, de não ser boa o suficiente.
Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade,
meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente.
Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo
desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso."
todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas,
peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e
risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube
do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de
tanto amar, de não ser boa o suficiente.
Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade,
meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente.
Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo
desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso."
"(...) A hipocrisia disfarçada de todos os
relacionamentos era a maior causa de sua angústia indescritível. Ela tinha um
nojo da dualidade de intenções dos seres humanos que ora amam, ora usam, e
preferia a clareza da sacanagem e a certeza do vazio.
(...)Quando o amor é falso, a mágoa é tão grande que você o trai amando
justamente a falta dele."
(...) Eu nunca vou entender porque a gente continua
voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado
do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou
exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de
mais...
Mas aí, daqui uns dias.... você vai me ligar. Querendo tomar aquele café
de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você
pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque
seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas
porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a
gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos
insistindo."
(Tati Bernardi)
domingo, 10 de junho de 2012
My shadow days are over now
Nunca serei contra o amar, mas o amar começa em si. 'Si' amar. É ai que está.
"Did you know that you could be wrong
Some people been know to do it
All their lives
But you find yourself alone
Just like you found yourself before
Like I found myself in pieces
On the hotel floor
Hard times have helped me see
I'm a good man with a good heart
Had a tough time, got a rough start
And I finally learned to let it go
Now I'm right here, and I'm right now
And I'm open, knowing somehow
That my shadow days are over
My shadow days are over now
Well I ain't no trouble maker
And I never meant her harm
But it doesn't mean I didn't make it
Hard to carry on
Well it sucks to be honest (honest)
And it hurts to be real
But it's nice to make some love
That I can finally feel
Hard times let me be
I'm a good man with a good heart
Had a tough time, got a rough start
And I finally learned to let it go
Now I'm right here, and I'm right now
And I'm open, knowing somehow
That my shadows days are over
My shadow days are over now "
And swear you're right
sábado, 9 de junho de 2012
Fim de tarde. Dia banal, terça, quarta-feira. Eu estava me sentindo muito triste. Você pode dizer que isso tem sido freqüente demais, ou até um pouco (ou muito) chato. Mas, que se há de fazer, se eu estava mesmo muito triste? Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura. Projeções: e amanhã, e depois? e trabalho, amor, moradia? o que vai acontecer? Típico pensamento-nada-a-ver: sossega, o que vai acontecer acontecerá. Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará. Essas coisas meio piegas, meio burras, eu vinha pensando naquele dia. Resolvi andar. Andar e olhar. Sem pensar, só olhar: caras, fachadas, vitrinas, automóveis, nuvens, anjos bandidos, fadas piradas, descargas de monóxido de carbono. Da praça Roosevelt, fui subindo pela Augusta, enquanto lembrava uns versos de Cecília Meireles, dos Cânticos: "Não digas 'Eu sofro'. Que é que dentro de ti és tu? / Que foi que te ensinaram/ que era sofrer ?" Mas não conseguia parar. Surdo a qualquer zen-budismo, o coração doía sintonizado com o espinho. Melodrama: nem amor, nem trabalho, nem família, quem sabe nem moradia - coração achando feio o não-ter. Abandono de fera ferida, bolero radical. Última das criaturas, surto de lucidez impiedosa da Big Loira de Dorothy Parker. Disfarçado, comecei a chorar. Troquei os óculos de lentes claras pelos negros ray-ban - filme. Resplandecente de infelicidade, eu subia a Rua Augusta no fim de tarde do dia Tão idiota que parecia não acabar nunca. Ah! como eu precisava tanto de alguém que me salvasse do pecado de querer abrir o gás. Foi então que a vi. Estava encostada na porta de um bar. Um bar brega - aqueles da Augusta-cidade, não Augusta-jardins. Uma prostituta, isso era o mais visível nela. Cabelo malpintado, cara muito maquiada, minissaia, decote fundo. Explícita, nada sutil, puro lugar comum patético. Em pé, de costas para o bar, encostada na porta, ela olhava a rua. Na mão direita tinha um cigarro, na esquerda um copo de cerveja.
E chorava, ela chorava. Sem escândalo, sem gemidos nem soluços, a prostituta na frente do bar chorava devagar, de verdade. A tinta da cara escorria com as lágrimas. Meio palhaça, chorava olhando a rua. Vez em quando, dava uma tragada no cigarro, um gole na cerveja. E continuava a chorar - exposta, imoral, escandalosa - sem se importar que a vissem sofrendo. Eu vi. Ela não me viu. Não via ninguém, acho. Tão voltada para a própria dor que estava, também, meio cega. Via pra dentro: charco, arame farpado, grades. Ninguém parou. Eu, também, não. Não era um espetáculo imperdível, não era uma dor reluzente de néon, não estava enquadrada ou decupada. Era uma dor sujinha como lençol usado por um mês, sem lavar, pobrinha como buraco na sola do sapato. Furo na meia, dente cariado. Dor sem glamour, de gente habitando aquela camada casca grossa da vida. Sem o recurso dessas benditas levezas de cada dia - uma dúzia de rosas, uma música de Caetano, uma caixa de figos. Comecei a emergir. Comparada à dor dela, que ridícula a minha, dor de brasileiro-médio-privilegiado. Fui caminhando mais leve. Mas só quando cheguei à Paulista compreendi um pouco mais. Aquela prostituta chorando, além de eu mesmo, era também o Brasil. Brasil 87: explorado, humilhado, pobre, escroto, vulgar, maltratado, abandonado, sem um tostão, cheio de dívidas, solidão, doença e medo. Cerveja e cigarro na porta do boteco vagabundo: carnaval, futebol. E lágrimas. Quem consola aquela prostituta? Quem me consola? Quem consola você, que me lê agora e talvez sinta coisas semelhantes? Quem consola este país tristíssimo? Vim pra casa humilde. Depois, um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui. Não por nobreza: cuidar dele faria com que eu me esquecesse de mim. E fez. Quando gemeu "dói tanto", contei da moça vadia chorando, bebendo e fumando (como num bolero). E quando ele perguntou "porquê?", compreendi ainda mais. Falei: "Porque é daí que nascem as canções". E senti um amor imenso. Por tudo, sem pedir nada de volta. Não-ter pode ser bonito, descobri. Mas pergunto inseguro, assustado: a que será que se destina?
E chorava, ela chorava. Sem escândalo, sem gemidos nem soluços, a prostituta na frente do bar chorava devagar, de verdade. A tinta da cara escorria com as lágrimas. Meio palhaça, chorava olhando a rua. Vez em quando, dava uma tragada no cigarro, um gole na cerveja. E continuava a chorar - exposta, imoral, escandalosa - sem se importar que a vissem sofrendo. Eu vi. Ela não me viu. Não via ninguém, acho. Tão voltada para a própria dor que estava, também, meio cega. Via pra dentro: charco, arame farpado, grades. Ninguém parou. Eu, também, não. Não era um espetáculo imperdível, não era uma dor reluzente de néon, não estava enquadrada ou decupada. Era uma dor sujinha como lençol usado por um mês, sem lavar, pobrinha como buraco na sola do sapato. Furo na meia, dente cariado. Dor sem glamour, de gente habitando aquela camada casca grossa da vida. Sem o recurso dessas benditas levezas de cada dia - uma dúzia de rosas, uma música de Caetano, uma caixa de figos. Comecei a emergir. Comparada à dor dela, que ridícula a minha, dor de brasileiro-médio-privilegiado. Fui caminhando mais leve. Mas só quando cheguei à Paulista compreendi um pouco mais. Aquela prostituta chorando, além de eu mesmo, era também o Brasil. Brasil 87: explorado, humilhado, pobre, escroto, vulgar, maltratado, abandonado, sem um tostão, cheio de dívidas, solidão, doença e medo. Cerveja e cigarro na porta do boteco vagabundo: carnaval, futebol. E lágrimas. Quem consola aquela prostituta? Quem me consola? Quem consola você, que me lê agora e talvez sinta coisas semelhantes? Quem consola este país tristíssimo? Vim pra casa humilde. Depois, um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui. Não por nobreza: cuidar dele faria com que eu me esquecesse de mim. E fez. Quando gemeu "dói tanto", contei da moça vadia chorando, bebendo e fumando (como num bolero). E quando ele perguntou "porquê?", compreendi ainda mais. Falei: "Porque é daí que nascem as canções". E senti um amor imenso. Por tudo, sem pedir nada de volta. Não-ter pode ser bonito, descobri. Mas pergunto inseguro, assustado: a que será que se destina?
quarta-feira, 6 de junho de 2012
São quase meia-noite. E lembrar de você me fez entender a superfície emocional que eu tenho vivido desde o meu primeiro namorado. Eu sou blasé. O sentimento é profundo, a vontade grande, mas fica tudo entre a boca e o estômago. Eu engoli muito mais do que falei.
Eu quis aceitar aquele colo, aquele beijo, aquele anel. Eu quis ver todos os dias, viajar juntos na primeira semana, eu quis atender cada telefonema. Eu quis dizer 'eu te amo' no primeiro mês. Mas meu discurso sempre tão racional não pode contradizer os meus atos. Não dá pra nos vermos todo dia, tem trabalho, faculdade, amigos, família. Não dá pra dizer que amo assim, em tão pouco tempo. Não dá pra dizer sim, sem ter um plano pra concretizar.
Era como se eu não fosse eu a partir do início da relação. Eu viro alguém que poda as próprias vontades, seus desejos, alguém calculista: ligar uma vez por dia, sms só duas, mais que isso vira dependência. Se ver? Só um dia no fim de semana. Como eu consigo ser tão fria?
Só que analisando não as relações, mais aqueles com quem namorei, acho mesmo que o problema não sou eu. Nunca me senti segura, nunca me senti nós. Me lembro de ter dito várias vezes pra um deles: eu me sinto solteira. E ele argumentar: Mas não está. O que eu sentia não importava, importava o status nas redes sociais.
Não é à toa que não preciso esconder que estou com alguém, é que na verdade parece mesmo que não estou. Os olhos não brilham, as mãos balançam ao lado do corpo. Os dedos vazios de outros dedos. O coração dentro do peito e não na boca.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
"Nem tudo precisa ser revelado. Todo mundo deve cultivar um jardim secreto."
"Eu ouvi teu pai falar sobre você, ele sorriu como nunca vi, os olhos eram cheios de orgulho e eu não entendo, ou na verdade eu entendo, tu és uma grande mulher..mas como tu podes não dar uma chance pra ele e falar dele com tanto orgulho e não sentir nada? Eu to do lado dele Arielle, tu tens uma ideia muito errada do teu pai, e ele é louco por ti, e a gente nota, ele tem um carinho e um amor muito grande pelos 3, mas é visível, tu é a menina dos olhos do teu pai, repara essa tua convivência e lida bem com ele, ninguém vai te amar, como ele, nem mesmo eu. (E tu sabes do tanto que já fui capaz por ti) Ele me contou toda a história(nos detalhes) escutei o lado dele e eu ouvi o teu também, e eu digo que tu és uma copia perfeita dele, por isso todo esse orgulho de ninguém ceder, te livra disso, só assim a tua frieza vai embora e tu vai trazer um pouco de felicidade pra tua vida e pra dele também. Porque eu sei, tu és assim, por tudo, ele é o homem que dizes que te magoou tanto, no primeiro instante eu não percebi, tu distorce, acreditava ser um relacionamento de namoradinhos, mas já achava demais tanta frieza por um moleque, logo tu, que não te deixar levar e ficar toda, toda quando alguém pelo menos tenta te enganar, sabia que era algo além, tinha quase certeza! Tens que rever muita coisa, ele é o teu papai, como dizias. Tu ama teu pai mais do que tudo, só que 'ô orgulho desgraçado esse teu, né bb'?
Ele disse milhares de vezes, das vezes quando tu via ele corria pros braços e só largava quando ele desse milhões de beijinhos que tu contava super errado só pra ele da mais de milhões de beijos, isso quando tu era mais nova.. não é verdade? Achas que eu to inventando isso, como eu saberia disso? Não me olha assim, tu tá errada!"
Não vou me esquecer disso! Ai meu coraçãozinho..Porque tanta coisa? =(
Vai passar...tudo passa....
"Deus não dá um fardo maior do que podemos carregar.."
Ele disse milhares de vezes, das vezes quando tu via ele corria pros braços e só largava quando ele desse milhões de beijinhos que tu contava super errado só pra ele da mais de milhões de beijos, isso quando tu era mais nova.. não é verdade? Achas que eu to inventando isso, como eu saberia disso? Não me olha assim, tu tá errada!"
Não vou me esquecer disso! Ai meu coraçãozinho..Porque tanta coisa? =(
Vai passar...tudo passa....
"Deus não dá um fardo maior do que podemos carregar.."
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
"É incontrolável te odiar hoje, meu amor, dá para entender, querido? É incontrolável não ser irônica hoje, chuchu.
E essa professora maluca, por que fica gritando AULAAA de cinco em cinco minutos? Nós já não estamos aqui, fazendo a porra da aula? Se é para incentivar ela deveria gritar HOMENS, que é o que vamos conseguir com bundas duras. Ou então DINHEIROO, que também anima e é mais fácil conseguir com uma bunda dura."
HUAHUAUHHAHUAUHAUHAUHUAH
"E quanto mais e maiores motivos para não sentir, ele e a vida me dão... adivinhem? Sim, o amor cresce.
Irresponsável, sem alimento, sem esperança e de uma burrice enorme. Ainda assim, forte e em crescimento"
E essa professora maluca, por que fica gritando AULAAA de cinco em cinco minutos? Nós já não estamos aqui, fazendo a porra da aula? Se é para incentivar ela deveria gritar HOMENS, que é o que vamos conseguir com bundas duras. Ou então DINHEIROO, que também anima e é mais fácil conseguir com uma bunda dura."
HUAHUAUHHAHUAUHAUHAUHUAH
"E quanto mais e maiores motivos para não sentir, ele e a vida me dão... adivinhem? Sim, o amor cresce.
Irresponsável, sem alimento, sem esperança e de uma burrice enorme. Ainda assim, forte e em crescimento"
"Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa. Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra.Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa!" HAUHAUAUHHUA
sábado, 21 de janeiro de 2012
A vida tem sido muito dura comigo, mas ao mesmo tempo tem me ensinado muita coisa.
AMAR.*******
Tudo que acontece em mim, por mim e ao meu redor, me torna o que eu sou. Será que dá pra odiar o que me tornei??
Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos."
"Eu comecei minha faxina. Tudo o que não serve mais (sentimentos, momentos, pessoas) eu coloquei dentro de uma caixa. E joguei fora."
Tudo que acontece em mim, por mim e ao meu redor, me torna o que eu sou. Será que dá pra odiar o que me tornei??
Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos."
"Eu comecei minha faxina. Tudo o que não serve mais (sentimentos, momentos, pessoas) eu coloquei dentro de uma caixa. E joguei fora."
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Nao me falta homem. O que me falta é amor.
Tem que saber, saber lidar. Comigo não tem essa de "Vem cá, agora" pede por favor meu filho, quem me trata como princesa será meu príncipe..Tá escrito, não consigo ser maléfica com quem me agrada, não sei ser do tipo de pessoa que pisa em que não merece. Pisar? ah, eu sei, sei muito bem por sinal, eu já nasci pisando, botando os pezinhos e as mãozinhas de fora em cima de quem não me quer bem. to firme, nem tente derrubar como diz meu amado caio, "Não bata de frente comigo de tanto cair, eu aprendi a derrubar"
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Como não amar Los hermanos?
Preciso do meu ingresso em mãos, porque perfeição assim.. meu deus!
Lindos. Uma história linda demais. Vou ficar revoltada se não consegui comprar =(
Mãe, por favor, não seja malvada!! Eu abro mão da viagem ao rio pelo show. Louca apaixonada por los hermanos, nada né?
LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOSSS
Vítimas de desabamento são reconhecidas no Rio
As vítimas do desabamento do prédio 55 da Rua do Rosário no Rio de Janeiro foram reconhecidas hoje. Dois corpos foram localizados ontem à noite pelos bombeiros em meio aos escombros da construção que ruiu na última quarta-feira.
Maria das Graças Mendes Rocha, de 62 anos, funcionária da Caixa Econômica Federal, e Ruy Diniz, de 71 anos, professor, estavam hospedados no hotel no momento da tragédia. As buscas foram retomadas após terem sido feitas escoras no prédio vizinho, que também ameaçava desabar. O corpo de Maria das Graças foi resgatado hoje cedo após buscas que empregaram tecnologias de rastreamento e um cão labrador. O outro corpo, do professor Diniz, foi localizado logo depois. Ronaldo Diniz, filho da vítima, não queria a divulgação do nome de seu pai em virtude das circunstâncias que envolveram sua morte, que poderiam denegrir sua imagem.
Fonte:http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,5580,OI55020-EI306,00.html
Em outras fontes consegui a informação de que o referido casal mantinha um relacionamento extraconjugal secreto há um tempo considerável. Ambos eram casados, e suas respectivas famílias não sabiam de absolutamente nada.
A letra de conversa de botas batidas, de Marcelo Camelo, é uma conjectura poética da conversa que o casal teve antes de morrer, juntos, no desabamento. Graças a Deus que existe a música e a poesia!
CONVERSA DE BOTAS BATIDAS
- Veja você onde é que o barco foi desaguar
- a gente só queria o amor…
- Deus parece às vezes se esquecer
- ai, não fala isso, por favor
Esse é só o começo do fim da nossa vida
Deixa chegar o sonho, prepara uma avenida
que a gente vai passar…
- Veja você, quando é que tudo foi desabar a gente corre pra se esconder…
- E se amar, se amar até o fim, sem saber que o fim já vai chegar
Deixa o moço bater que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas não ter o seu lugar
Abre a janela agora, deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim que eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugar e agora esta de bem
Deixa o moço bater que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas não ter o seu lugar
Diz quem é maior que o amor?
Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora
Vem, vamos além. Vão dizer que a vida é passageira
Sem notar que a nossa estrela vai cair
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Uma das minhas pontinhas de paz, pra não fazer da minha vida um drama completo.

Acreditando no que dizes ser mentira pra não enxergar a verdade? ô amigo! pra que isso? Estamos no mesmo barco, pra que se enganar?? Sem essa de coração blindado..comigo não cola, não. Mas tudo bem vamos nos enganar na medida certa pra não fazer feio. A cena de durões tá firme, cara. Firme pros outros, a gente tá mesmo é na corda bamba, ferrados..Com motivos bons pra ceder e todos os contras pra nos derrubar, mas sabe? Derruba não..
Andei te encontrando sem você saber. Lá estava você no filme que estreeou e a gente queria tanto ver. Lá estava você ao meu lado naquele encontro literário. Lá estava você com vergonha das verdades dos nossos corpos. Lá estava você esquentando meus pés, lá estava você pedindo pra eu não pintar meus cabelos, e também para não cortar porque queres mais centímetros meus pra tocar. Eu só queria que você soubesse que todos os dias acho que deveria ter sido menos dura com você, porque você viu meu pior lado e continua me amando mesmo assim, um pouco diferente agora, mas sei que sim. Eu só queria que você soubesse que a culpa não foi sua, nunca. A culpa foi minha por não saber entender que a paixão acaba, e o amor nasce.
Você vai saber que fez merda, que perdeu quem gostava de você, que sabia que podia ter dado certo mesmo tendo feito tanta besteira. Sabia que poderia ter mudado, se quisesse, e tentado de novo. Um dia vai bater o arrependimento, o sofrimento e a tristeza tudo junto, tudo de uma vez. Um dia isso vai acontecer e eu só vou ter pra te dizer: Bem feito, se fode.
"Senhor, livra-me de tudo que não suporta meu sorriso aberto, minha risada alta, minha gentileza, minha educação, meu amor nos olhos, meu coração gigante, minha esperança eterna e a minha fé irreversível. Amém."
Dona moça, me faz um favor? Não supervalorize os maldosos que te atravessarem o caminho. Não dê importância demais a quem perde horas do seu dia tentando borrar seu sorriso. Pise forte na maldade. Sem tropeçar, sem fraquejar.
"Conformismo é uma das piores formas de morte em vida que você pode ter. Acomodar-se é muito mais fácil do que tentar. (...) Vale o mesmo para o desânimo. Portanto, tente. Uma, duas, dez, cem, mil, um milhão de vezes se for preciso. Mas tente. Até dar certo."
E que fique muito mal explicado, não faço força pra ser entendido.
Quem faz sentido é soldado.
(Mário Quintana)
"Conformismo é uma das piores formas de morte em vida que você pode ter. Acomodar-se é muito mais fácil do que tentar. (...) Vale o mesmo para o desânimo. Portanto, tente. Uma, duas, dez, cem, mil, um milhão de vezes se for preciso. Mas tente. Até dar certo."
E que fique muito mal explicado, não faço força pra ser entendido.
Quem faz sentido é soldado.
(Mário Quintana)
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
"você, você, você..."
Uma das coisas das quais eu aprendi em ser só, é ter a percepção de saber quem não me quer só..quem quer um "nós"
Me arrisco em dizer que me queres "junto", perto, apertado, calado, amando.
A distância fez com que eu acreditasse que o que eu sentia por ti era uma coisa passageira,
um sentimento e uma pequena empolgação a qual eu dizia ser "amor" (eram tempos inocentes hahah) o tempo que eu fiquei longe de ti, fez com que eu pudesse amenizar todo aquele sentimento, me fez esquecer de ti por um certo tempo, não posso negar..mas ao pronunciarem teu nome, ao ver uma mensagem, uma foto, tudo retornava, eu me vi pensando em ti por várias noites, preocupada contigo, querendo fazer o que eu não fiz na tua presença. Cuidar de ti.
Nunca quis precisar de ninguém, mas eu sinto necessidade de ti. Tu me conforta, acho tão corajoso da tua parte 'tentar' mesmo que isso te cause sofrimento, tu és forte e esse teu jeito de tentar me descobrir..pra que? Tu me conheces. Não preciso pronuncia uma sequer palavra pra teres noção de que tudo que achas se confirme, consigo ser tão "eu" contigo.
Sabe esses olhos profundos? hahaha Só olho assim pra poucos, assim talvez possas perceber que o que eu não pronuncio a toda hora, é a pura verdade. Eu gosto de você.
fazendo assim quem sabe, você não acredite. Toda vez que me olhas no fundo dos olhos, tu me conhece mais, me quer mais. hahha eu sei. Faço de proposito, porque no fundo, é o que eu quero. Não me escondo pra ti, quero que tu tenhas consciência de quem eu sou, porque eu quero ter certeza que gostas de mim desse jeito.
Eu poderia te proteger de todo mal, eu sei, mas depois que tu me protegesse.
Exijo teus cuidados, hahahhaha Eu cresço junto de ti e admiro cada vez mais o homem que vens se tornando. Não sei se fui feita pra ti, mas como eu disse, você é o homem que toda mulher gostaria de ter pra si, me incluo nisso.
Eu fico cada vez mais encantada contigo e isso causa medo. Sabes o porque..Já pensou se de fato se concretizar? Se a paixão vira amor? Amor é uma coisa muito forte, né? Eu não vou sair dizendo que te amo por aí, jamais. Posso fazer isso com alguém que eu não me importe, mas você é diferente, só vai escutar verdades de mim. Sempre. Eu te amo..Como amigo, como alguém que eu sempre vou poder contar, mas como homem você ainda estar no limite de gostar. (o limite de gostar é quase amar hahahahha)
No teu cinismo eu me encontro, e é onde eu tento te decifrar. Te sinto longe quando me vejo falando de um futuro que não te inclui como "meu homem"
vai ver eu nem deveria falar disso, mas como disse..te quero sabendo de tudo
porque um dia, se chegar esse dia, quero total transparência entre nós..vai que tu consegue me tirar dessa frieza toda, tá na hora né? hahah
Sabe o beijinho na testa? Outros caras que a beijam sem permissão sou capaz de agredir, mandar pra merda. (Exagero nada) Minha testa é abençoada..é uma frescura toda, mas aqui, só beija quem eu confio, quem cuida ou quem eu permitiria que cuidasse de mim, e a quem me dedico de verdade. Não é pra qualquer um não..a testa tá mais abençoada que a boca UHAHAHUUAHUHUHAUHAUH Agora tu já sabe o porque de eu gostar tanto dos teus beijinhos na testa. Fora que tu me deixa louco, me viciei em certas musicas que só me lembram você, entao,não te tiro da cabeça.
E depois daquele banco de trás do carro, corro sérios riscos de me apaixonar, cuidado,sou louca. Vou te acompanhar sempre, te infernizar no cursinho e te gostar em silencio.
E esse sentimento não vai passar, quando deveria passar não passou, agora pertinho no que vai da? Vai permanecer assim sempre.
Cuida, cuida de ti e continua te permitindo amar. É tão lindo isso em ti. s2
NÃO ESQUECENDO DO SEU SORRISO CÍNICO QUE É MAIS LINDO AINDA.
Me arrisco em dizer que me queres "junto", perto, apertado, calado, amando.
A distância fez com que eu acreditasse que o que eu sentia por ti era uma coisa passageira,
um sentimento e uma pequena empolgação a qual eu dizia ser "amor" (eram tempos inocentes hahah) o tempo que eu fiquei longe de ti, fez com que eu pudesse amenizar todo aquele sentimento, me fez esquecer de ti por um certo tempo, não posso negar..mas ao pronunciarem teu nome, ao ver uma mensagem, uma foto, tudo retornava, eu me vi pensando em ti por várias noites, preocupada contigo, querendo fazer o que eu não fiz na tua presença. Cuidar de ti.
Nunca quis precisar de ninguém, mas eu sinto necessidade de ti. Tu me conforta, acho tão corajoso da tua parte 'tentar' mesmo que isso te cause sofrimento, tu és forte e esse teu jeito de tentar me descobrir..pra que? Tu me conheces. Não preciso pronuncia uma sequer palavra pra teres noção de que tudo que achas se confirme, consigo ser tão "eu" contigo.
Sabe esses olhos profundos? hahaha Só olho assim pra poucos, assim talvez possas perceber que o que eu não pronuncio a toda hora, é a pura verdade. Eu gosto de você.
fazendo assim quem sabe, você não acredite. Toda vez que me olhas no fundo dos olhos, tu me conhece mais, me quer mais. hahha eu sei. Faço de proposito, porque no fundo, é o que eu quero. Não me escondo pra ti, quero que tu tenhas consciência de quem eu sou, porque eu quero ter certeza que gostas de mim desse jeito.
Eu poderia te proteger de todo mal, eu sei, mas depois que tu me protegesse.
Exijo teus cuidados, hahahhaha Eu cresço junto de ti e admiro cada vez mais o homem que vens se tornando. Não sei se fui feita pra ti, mas como eu disse, você é o homem que toda mulher gostaria de ter pra si, me incluo nisso.
Eu fico cada vez mais encantada contigo e isso causa medo. Sabes o porque..Já pensou se de fato se concretizar? Se a paixão vira amor? Amor é uma coisa muito forte, né? Eu não vou sair dizendo que te amo por aí, jamais. Posso fazer isso com alguém que eu não me importe, mas você é diferente, só vai escutar verdades de mim. Sempre. Eu te amo..Como amigo, como alguém que eu sempre vou poder contar, mas como homem você ainda estar no limite de gostar. (o limite de gostar é quase amar hahahahha)
No teu cinismo eu me encontro, e é onde eu tento te decifrar. Te sinto longe quando me vejo falando de um futuro que não te inclui como "meu homem"
vai ver eu nem deveria falar disso, mas como disse..te quero sabendo de tudo
porque um dia, se chegar esse dia, quero total transparência entre nós..vai que tu consegue me tirar dessa frieza toda, tá na hora né? hahah
Sabe o beijinho na testa? Outros caras que a beijam sem permissão sou capaz de agredir, mandar pra merda. (Exagero nada) Minha testa é abençoada..é uma frescura toda, mas aqui, só beija quem eu confio, quem cuida ou quem eu permitiria que cuidasse de mim, e a quem me dedico de verdade. Não é pra qualquer um não..a testa tá mais abençoada que a boca UHAHAHUUAHUHUHAUHAUH Agora tu já sabe o porque de eu gostar tanto dos teus beijinhos na testa. Fora que tu me deixa louco, me viciei em certas musicas que só me lembram você, entao,não te tiro da cabeça.
E depois daquele banco de trás do carro, corro sérios riscos de me apaixonar, cuidado,sou louca. Vou te acompanhar sempre, te infernizar no cursinho e te gostar em silencio.
E esse sentimento não vai passar, quando deveria passar não passou, agora pertinho no que vai da? Vai permanecer assim sempre.
Cuida, cuida de ti e continua te permitindo amar. É tão lindo isso em ti. s2
NÃO ESQUECENDO DO SEU SORRISO CÍNICO QUE É MAIS LINDO AINDA.
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